Veja como surgiu o termo “tomara-que-caia” na história do biquíni
A história do biquíni tomara que caia, um clássico da moda praia é, na verdade, a união de várias versões. É praticamente impossível dizer quando ele surgiu e quem foi seu verdadeiro autor. Contudo, a peça é um dos modelos populares e que, de tempos em tempos, encabeça listas de tendências.
Por trás desta trajetória está a maior conquista de cada banhista: a liberdade de poder escolher o estilo que melhor lhe assenta no corpo, sem imposições sociais intransponíveis.
De onde surgiu o biquíni tomara que caia?
A versão mais comum é de que o tomara-que-caia com bojo nasceu como uma variação dos corseletes do século 15. O arrebatador modelo sem alças apareceu pela primeira vez, como roupa de banho que conhecemos hoje, no ano de 1938, nas areias de Miami Beach, em um modelo de maiô.
Em Portugal, o tomara que caia ficou conhecido como “caicai”, uma referência ao fato de sua estrutura poder derrapar no colo. Quando cruzou o Atlântico, porém, foi rebatizado como um pedido às mulheres, um sonoro tomara que caia.
Indiscutivelmente, 1946 foi um grande ano. Surgiu a UNICEF. Aconteceu o primeiro Festival de Cannes. Cher nasceu —e o biquíni moderno chegou ao mundo. Surgiu o modelo “strapless”, ou sem alças, creditado ao espanhol Cristóbal Balenciaga, como opção de roupa de festa. Quem também leva o crédito é o figurinista Jean Louis, que criou um modelo de cetim para a atriz Rita Hayworth usar no filme Gilda.
O impacto do tomara que caia no Brasil
O país sempre acompanhou a evolução dessa roupa, começando pelas vedetes, como Carmem Verônica e Norma Tamar, que juntavam multidões nas areias em frente ao Copacabana Palace na década de 50. Em seguida, um modelo muito usado nos anos 60 era o chamado engana-mamãe, que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, um perfeito biquíni tomara que caia sem bojo.
Mas, foi apenas nos anos 90 que começaram a construir a moda praia mais democrática, como conhecemos hoje. Os biquínis e maiôs ganharam uma variedade enorme de modelos, que passaram a ser pensados para valorizar o corpo feminino e não para escondê-lo. Nesse cenário apareceu o tomara que caia, com modelos mais firmes com bojo e de costuras estratégicas que nunca mais saíram de cena. Veja alguns modelos aqui.
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Por quê mudar o nome agora?
Com o atual avanço por uma moda mais democrática, respeitável e inteligente, estes foram os principais fatores para a mudança do nome ‘biquíni tomara que caia’ para ‘biquíni sem alça’. O termo que – segundo os internautas nas redes, é considerado machista, está ultrapassado.
É importante a gente olhar para todos esses termos, para o pensamento novo. Temos que buscar uma sociedade mais igualitária, com mais respeito pela diversidade, com acolhimento. E para nós, essa moda vai pegar super bem!
Escrito por Gustavo Sousa.